Autismo e Atividade Física
- Daniel Carmo
- 9 de mar. de 2019
- 2 min de leitura
Por Daniel Carmo
Muito tem se falado sobre os benefícios da atividade física para pessoas com autismo, sejam eles crianças, adolescentes e adultos. Médicos, terapeutas e familiares ratificam a importância da prática regular de exercícios físicos como forma de tratamento aliado à uma intervenção interdisciplinar. Na contramão desse panorama surge, então, a necessidade de estudos relacionados à pratica de estímulos motores com chancela brasileira e é isso que esse artigo vem contribuir para uma sociedade mais saudável e inclusiva.
Nos últimos anos, vem surgindo diversos estudos epidemiológicos sobre a prevalência do autismo no Brasil e no mundo. Especula-se que no Brasil a população autista gire em torno de 2 milhões de pessoas e consequentemente o aumento dos índices de aumentos de matrículas de alunos com autismo em clubes, academias, estúdios. Contudo, familiares esbarram no baixo número de profissionais capacitados para atender a demanda seja ela em atividades esportivas, estimulação motora e cognitiva, atividades aquáticas, lutas entre outros.
Principais exercícios
No que se refere aos principais exercícios físicos específicos para alunos com autismo, periódicos internacionais sugerem atividades que estimulem sua imagem corporal, postura, coordenação motora, sua aptidão muscular e aptidão aeróbica. A imagem alinha-se com as habilidades motoras fundamentais. Muitos não conhecem a mão ou pé esquerdo e direito. A noção do próprio corpo, aliada aos cinco sentidos,ajuda com funções básicas. No autista, um problema nesse sistema pode causar bastante dificuldade e requer estímulos para equilibrá-lo. Coordenação Motora + Postura = Desenvolvimento motor geral da criança, nos sistemas sensoriais e no desenvolvimento cognitivo fundamentais no processo de desenvolvimento. Para trabalharmos sua força e resistência muscular podemos utilizar halteres, faixas de atividades, peso corporal.
Para um bom condicionamento aeróbico é possível utilizarmos ferramentas em circuitos psicomotores que pode gradualmente ajudar a aumentar o nível de atividade da criança rapidamente através de vários exercícios e desenvolver a sua aptidão aptidão cardiovascular.
A atividade física na água
A água pode ser considerada uma ferramenta de trabalho e é um elemento terapêutico, sendo que nesse ambiente as pessoas com TEA desenvolvem sua coordenação motora com mais facilidade e liberdade, possibilitando o deslocamento de forma independente. De acordo com Velasco (1997, p.53) “nadar não é somente realizar deslocamentos e movimentos com nosso corpo. É, antes disso organizar sensações recebidas pelo meio líquido, em nosso cérebro, transferindo psicomotoramente na água.” Ou seja, é uma interação entre mente e corpo no ambiente aquático.

De uma forma geral, as crianças autistas apreciam as atividades em ambiente aquático (KILLIAN et al., 1984) e estudos têm demonstrado ganhos nas habilidades básicas do nado, na orientação na água, nas brincadeiras aquáticas, na melhoria do condicionamento físico e motor, na redução das estereotipias e na maior interação social (LEE & PORRETTA, 2013). Os objetivos a serem traçados para uma boa estimulação aquática é trabalhar alguns quesitos como: esquema corporal, adequação do tônus corporal, equilíbrio, percepção, lateralidade, coordenação motora e estruturação espaço-temporal.

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